A partir de 10 de janeiro de 2025, a Venezuela implementou bloqueios a cerca de 40 serviços públicos de DNS, incluindo o “8.8.8.8” do Google e o “1.1.1.1” da Cloudflare. A censura também afetou VPNs, como NordVPN e ProtonVPN, além do TikTok, limitando a liberdade digital. O impacto foi sentido em provedores como CANTV, Movistar e Digitel, que receberam ordens diretas para executar as restrições.
De acordo com a VE sin Filtro, organização que monitora a censura no país, as medidas seguem ativas e tornam mais difícil contornar as limitações impostas. Além do bloqueio de DNS e VPNs, o TikTok enfrenta restrições noturnas, ampliando o alcance do controle governamental. Essas ações refletem o uso estratégico de infraestrutura tecnológica para limitar a privacidade e a liberdade de expressão.
A situação na Venezuela tem paralelos com iniciativas de controle digital no Brasil, como o teste do Lacre Virtual pela Anatel. Esse sistema automatizado pode acelerar a imposição de restrições digitais. O cenário venezuelano destaca os desafios enfrentados por cidadãos em regimes que usam tecnologias avançadas para reforçar o controle e reduzir os direitos digitais.