O projeto World ID, promovido pela Tools for Humanity, gerou filas em São Paulo com a oferta de R$ 750 em tokens WLD para quem escaneia sua íris. Segundo a empresa, o objetivo é oferecer uma “credencial de humanidade” em um mundo cada vez mais digital. No entanto, o serviço levanta preocupações sobre privacidade, já que a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) reabriu uma investigação para verificar a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A ANPD investiga pontos como o uso de dados sensíveis, transparência, consentimento e segurança no tratamento de informações biométricas. A agência ressalta que a proteção de dados pessoais exige rigor especial, dada a possibilidade de impactos graves aos direitos à privacidade. O debate não é exclusivo do Brasil; na Europa, países como Espanha e Alemanha já proibiram o serviço devido a questões legais e éticas.
Usuários brasileiros relatam motivos variados para aderir ao serviço, como curiosidade ou o incentivo financeiro. Entretanto, especialistas destacam a importância de esclarecer os impactos do uso de dados biométricos. A Tools for Humanity afirma que segue regulamentações locais e adota medidas para garantir a privacidade dos dados. Contudo, o caso evidencia a necessidade de maior conscientização sobre o tema e de avanços na regulação tecnológica.