Uma revolução no armazenamento digital: terabytes em um grão de areia 

Pesquisadores da Universidade de Chicago desenvolveram um método para armazenar terabytes de dados em minússimos defeitos de cristais. Utilizando terras raras e lasers ultravioletas, a técnica permite registrar informações em cargas elétricas microscópicas. Essa abordagem pode revolucionar o armazenamento digital, compactando grandes volumes de dados em espaços incrivelmente pequenos.
4 de março, 2025
Foto: UChicago Pritzker School of Molecular Engineering / Zhong Lab

Pesquisadores da Universidade de Chicago desenvolveram uma técnica inovadora para armazenar informações em cristais, aproveitando imperfeições atômicas para representar dados binários. A abordagem pode levar a uma revolução no armazenamento digital, reduzindo o espaço físico necessário para guardar terabytes de informação. 

Os cientistas utilizaram terras raras, como o praseodímio, inseridas em cristais que reagem à luz de maneira precisa. Um laser ultravioleta é usado para ativar o sistema, controlando defeitos microscópicos que armazenam dados por meio da carga elétrica. Com essa abordagem, um cubo do tamanho de um grão de areia pode conter o equivalente a um disco rígido atual, representando um enorme salto em eficiência e miniaturização do armazenamento. 

A pesquisa combina física quântica e materiais avançados para criar memórias ultra-miniaturizadas. Segundo Tian Zhong, líder do estudo, cada cubo microscópico pode conter bilhões de bits de informação. Essa tecnologia pode impactar diretamente a forma como armazenamos dados, oferecendo soluções mais compactas, duráveis e eficientes para o futuro digital.