Por que a IA ainda não superou o Google nas buscas? 

Apesar da popularidade de chatbots como o ChatGPT e o Gemini, o Google segue dominante no campo das buscas. Questões como acessibilidade, confiabilidade, hábito do usuário e atualização em tempo real ainda colocam a plataforma à frente. Entenda por que a substituição pela IA será lenta e gradual, e não imediata.
21 de abril, 2025
Foto: Imagem gerada por IA.

A ascensão da inteligência artificial (IA) impulsionou expectativas sobre o fim do domínio do Google como principal buscador do planeta. Chatbots como ChatGPT, Gemini e Claude já realizam tarefas complexas e conversam com os usuários em linguagem natural. No entanto, questões como acessibilidade, custo, conectividade e o hábito enraizado de “dar um Google” mantêm a plataforma da Big Tech em uma posição incomparável. A simplicidade, a interface familiar e a integração com outros serviços são fatores que continuam a favorecer a gigante das buscas, especialmente entre os usuários menos experientes. 

Outro ponto fundamental está na confiabilidade dos resultados. Enquanto o Google se apoia em sistemas robustos de indexação e verificação de fontes, as IAs conversacionais ainda sofrem com “alucinações” e informações imprecisas, especialmente em temas recentes. A atualização constante do Google e sua capacidade de oferecer resultados personalizados e em múltiplos formatos visuais (como vídeos, mapas e imagens) continuam a atrair usuários que buscam precisão e variedade. Além disso, a geolocalização e o histórico de buscas ajudam o Google a entregar respostas mais relevantes no cotidiano. 

Mesmo com o avanço das IAs, a substituição total parece distante. O futuro aponta para uma convergência entre as tecnologias, e não para um embate direto. A integração da IA em mecanismos como o próprio Google, por meio de iniciativas como o Search Generative Experience, indica uma evolução do modelo atual em vez de sua extinção. Assim, embora as ferramentas de IA estejam redefinindo o modo como interagimos com a informação, a transição para um novo paradigma de busca será gradual, marcada por adaptações contínuas e pela convivência entre métodos tradicionais e tecnologias emergentes.