Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) utilizaram ferramentas de inteligência artificial (IA) para analisar a ancestralidade da população paulistana. A análise revelou que as amostras estudadas possuem 77,5% de herança genética europeia, 10,4% africana, 7,4% nativa americana, 4,1% leste asiático, 0,5% sul asiático e 0,1% oceânica. A pesquisa também apontou predominância de ascendência basca e ibéria, seguida por Albânia, Itália e Sardenha, além do oeste europeu.
O estudo foi realizado com amostras de 411 indivíduos da capital paulista e bancos genéticos públicos, combinando dados para traçar um perfil detalhado da miscigenação local. A equipe aplicou técnicas de Machine Learning para que a IA pudesse identificar padrões genéticos sem necessidade de programação específica. Isso permitiu uma classificação mais precisa da diversidade genética presente na população paulistana.
Os resultados desse mapeamento genético podem auxiliar pesquisas sobre doenças ligadas a fatores hereditários, como diabetes tipo 2, hipertensão, insuficiência renal e câncer de próstata. Com a aplicação da IA, os cientistas conseguem refinar diagnósticos e personalizar tratamentos conforme o perfil genético dos indivíduos, trazendo avanços significativos para a medicina de precisão.