Meta avança no desenvolvimento de chip próprio para IA 

A Meta iniciou testes com seu primeiro chip interno para treinamento de IA, buscando reduzir a dependência da Nvidia. Se aprovado, ele será usado em sistemas de recomendação antes de avançar para IA generativa. A empresa pretende adotar seus próprios chips até 2026.
12 de março, 2025
Foto: © Thomson Reuters.

A Meta começou a testar seu primeiro chip interno voltado para o treinamento de inteligência artificial (IA), um passo estratégico para diminuir sua dependência de fornecedores como a Nvidia. Segundo fontes próximas ao projeto, a empresa está conduzindo uma implantação inicial do chip, com possibilidade de ampliar a produção caso os testes apresentem bons resultados. A iniciativa faz parte de um plano de longo prazo para otimizar custos e fortalecer a infraestrutura de IA. 

O chip de treinamento da Meta faz parte da linha MTIA (Meta Training and Inference Accelerator) e foi projetado como um acelerador dedicado, ou seja, otimizado para tarefas específicas de IA, consumindo menos energia que GPUs tradicionais. Produzido em parceria com a TSMC, o chip foi submetido ao primeiro “tape-out”, um marco crítico no desenvolvimento de semicondutores. Esse processo pode levar meses e envolve altos custos, sem garantia de sucesso na fase inicial de testes. 

Caso aprovado, o novo chip será inicialmente aplicado em sistemas de recomendação, com planos de expansão para modelos de IA generativa, como o chatbot Meta AI. A Meta pretende integrar seus próprios chips ao treinamento de IA até 2026, o que pode redefinir sua estratégia no mercado de inteligência artificial. Enquanto isso, a empresa continua adquirindo GPUs da Nvidia para manter suas operações e treinar seus modelos avançados, incluindo os da série Llama.