Máquina quântica simula decaimento do falso vácuo pela primeira vez 

Cientistas usaram uma máquina quântica para simular, pela primeira vez, o decaimento do falso vácuo, uma teoria que sugere que o universo pode não estar em um estado definitivo. O estudo utilizou um computador quântico avançado para modelar a formação de bolhas quânticas e suas interações. Essa descoberta pode contribuir para o avanço da física teórica e da computação quântica.
19 de fevereiro, 2025
Foto: Zlatko Papic / University of Leeds / barra Povray

Cientistas da Universidade de Leeds, em colaboração com instituições da Áustria e Alemanha, desenvolveram uma máquina quântica capaz de simular o decaimento do falso vácuo, um fenômeno teórico que sugere que o universo pode não estar em um estado estável definitivo. O estudo, publicado na revista Nature Physics, utilizou um processo chamado recozimento quântico para observar a formação e evolução de bolhas de vácuo verdadeiro em um ambiente controlado. 

A pesquisa baseou-se na mecânica quântica para explorar um dos maiores mistérios do cosmos: a possibilidade de que a estrutura fundamental do universo possa mudar abruptamente. Para isso, os cientistas usaram um computador quântico com 5.564 qubits, desenvolvido pela D-Wave Quantum Inc., que permitiu simular interações complexas das bolhas quânticas. Segundo os autores, esse avanço não confirma a teoria do falso vácuo, mas fornece uma ferramenta para investigá-la em detalhes. 

Os pesquisadores destacam que compreender o decaimento do falso vácuo pode ter implicações profundas na física teórica, além de contribuir para avanços em áreas como criptografia e computação quântica. Embora ainda haja muitas incertezas, esse experimento representa um passo significativo na busca por respostas sobre a origem e o destino do universo.