Carla Brayner
O Google revelou que sua inteligência artificial (IA), Gemini, está sendo utilizada por grupos de hackers ligados a países como Rússia e China para aprimorar ataques cibernéticos. O Google Threat Intelligence Group (GTIG) adicionou 20 novas organizações maliciosas à sua lista, elevando o total para 57, todas com alguma conexão com governos estrangeiros. Segundo o relatório, hackers utilizam IA para pesquisa, otimização de códigos e desenvolvimento de estratégias de invasão.
Os grupos APT (Advanced Persistent Threat) são financiados pelo Estado e têm como alvos carteiras de criptomoedas, empresas e infraestruturas críticas. Além de roubo de dados, suas atividades podem inviabilizar serviços e comprometer seguranças nacionais. No entanto, especialistas destacam que a inteligência artificial também pode ser utilizada para fortalecer a cibersegurança, ajudando na detecção de vulnerabilidades e na defesa contra invasões.
O GTIG indicou que, além da Rússia e China, grupos do Irã e da Coreia do Norte também fazem uso do Gemini. Hackers norte-coreanos, por exemplo, utilizam a IA para criar perfis falsos em plataformas de emprego e se infiltrar em empresas de tecnologia. Apesar dos avanços dos criminosos, o Google reforçou que suas medidas de segurança ajudaram a impedir ataques, especialmente aqueles voltados para phishing, roubo de dados e desvio de autenticação.
