A inteligência artificial (IA) está mudando as regras da presença digital. Em um cenário dominado por redes sociais e excesso de informação, a IA se torna o novo filtro da relevância, operando com base em dados rastreáveis, fontes confiáveis e padrões verificáveis. Diferente do engajamento superficial, ela prioriza consistência, contexto e credibilidade — elementos muitas vezes ignorados pela cultura do viral.
Modelos como o Gemini já não utilizam redes sociais como fontes primárias, justamente por serem instáveis e manipuláveis. Em vez disso, a IA coleta dados de domínios validados, como portais de imprensa, repositórios científicos e bases institucionais. Isso redefine o que é autoridade digital: não basta estar visível, é preciso estar reconhecível para os algoritmos — com linguagem estruturada, conteúdo indexado e presença rastreável.
Nesse novo ecossistema, a imprensa recupera protagonismo como fornecedora de legitimidade, enquanto a ciência passa a ser o pilar de referência. A presença digital passa a ser estratégica: não é só o que se publica, mas como e onde se publica. Para existir no circuito da IA, é preciso ser compreendido por ela. E isso exige muito mais que visibilidade — exige coerência, técnica e previsibilidade.