Um estudo conduzido pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, investigou como a verificação de fatos gerada por inteligência artificial (IA) influencia a crença e o compartilhamento de manchetes políticas. Os resultados mostraram que, embora a IA tenha identificado corretamente 90% das manchetes falsas, isso não aumentou significativamente a capacidade dos participantes de distinguir entre notícias verdadeiras e falsas. Em casos específicos, a IA até reforçou a crença em manchetes enganosas, especialmente quando havia incerteza no rótulo atribuído.
Os pesquisadores também observaram que a interação com verificações de fatos feitas por humanos teve um impacto mais positivo no discernimento dos participantes. Apesar disso, a IA se mostrou eficiente em escalar a checagem de fatos, algo essencial diante do crescente volume de conteúdo gerado, incluindo por IA. Ainda assim, o estudo aponta para consequências não intencionais no uso dessa tecnologia, como aumento da crença em fake news, exigindo maior cautela no desenvolvimento dessas ferramentas.
Filippo Menczer, autor sênior do estudo, destacou a necessidade de políticas e pesquisas para mitigar os danos potenciais da IA nesse contexto. O trabalho reforça que, apesar de seu progresso, a IA está em constante desenvolvimento, e melhorias são essenciais para aprimorar sua precisão e promover interações mais seguras entre humanos e máquinas.