Carla Brayner
O governo da China anunciou a abertura de uma investigação contra o Google e outras grandes corporações dos Estados Unidos, incluindo marcas de moda e fabricantes de maquinários. O caso faz parte da intensificação da guerra comercial entre os dois países, que foi exacerbada após o novo regime de Donald Trump. O órgão regulador de mercado da China acusa o Google de violar as leis antimonopólio, embora detalhes sobre as infrações não tenham sido divulgados. A empresa, que mantém uma atuação limitada na China desde a década de 2010, ainda não se pronunciou sobre o caso.
Além da investigação contra o Google, o governo chinês também está ampliando suas ações contra empresas americanas, como Calvin Klein e Tommy Hilfiger, além de grandes nomes da indústria de maquinários agrícolas, como Caterpillar e Deere & Co. Essas empresas, agora classificadas como “não confiáveis”, poderão enfrentar restrições severas em suas atividades comerciais no mercado chinês. A medida é uma resposta direta às novas tarifas impostas pelo presidente Trump a produtos de origem chinesa, que incluem veículos e recursos naturais como gás e petróleo.
A tensão também se reflete dentro dos próprios Estados Unidos, onde a Google está sendo investigada por possíveis práticas anticompetitivas. As autoridades norte-americanas cogitam até mesmo separar a companhia e vender partes de seu império, como o Android e o navegador Google Chrome. Com o ambiente político volátil, o futuro da gigante da tecnologia continua incerto, tanto na China quanto em seu mercado doméstico.
