Os foguetes Falcon 9 da SpaceX, empresa de Elon Musk, têm causado um fenômeno visual intrigante apelidado de “auroras SpaceX”. Esses brilhos esféricos vermelhos no céu, registrados durante a reentrada dos foguetes na atmosfera, ocorrem devido à abertura de buracos temporários na ionosfera, a 300 km de altitude. Esses buracos, causados pela exaustão rica em vapor d’água e dióxido de carbono, produzem um brilho vermelho fluorescente que pode ser visto a olho nu por até 10 minutos.
Apesar do nome, essas luzes não são auroras verdadeiras. Elas resultam da perturbação química na ionosfera, reduzindo sua ionização em até 70%. Desde 2005, esse tipo de efeito foi observado com diferentes foguetes, mas tornou-se mais frequente com o Falcon 9. A SpaceX realizou mais de 90 lançamentos em 2023, consolidando-se como líder no envio de massa ao espaço, sendo grande parte dedicada à constelação de satélites Starlink.
O fenômeno, embora temporário, desperta debates sobre o impacto ambiental das atividades espaciais. Com mais de 5.500 satélites Starlink ativos e planos de expansão, a frequência das “auroras SpaceX” deve aumentar. Cientistas ressaltam que, apesar de visíveis e chamativas, esses buracos não representam riscos à atmosfera, pois a ionosfera se regenera em poucos minutos.