Carla Brayner
O Brasil tem se firmado como o principal centro de inteligência artificial (IA) na América Latina, contando com 144 unidades de pesquisa distribuídas pelo território nacional. Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, revelou que esses centros têm papel fundamental em áreas como ciências da vida, energia e agricultura. As regiões Sudeste e Norte concentram a maioria das unidades, com São Paulo liderando com 41 centros, seguido pelo Amazonas, com 22. O estudo foi lançado no evento “Orange Dialogues”, realizado em Brasília.
A pesquisa também destaca a relevância internacional do Brasil no campo da IA, posicionando o país em 13º lugar no ranking global de publicações acadêmicas sobre o tema. O documento apresenta um panorama sobre políticas públicas, regulação e projeções de investimentos no setor. No entanto, aponta desafios como a necessidade de transformar pesquisas acadêmicas em soluções comerciais e fortalecer o setor privado para garantir avanços tecnológicos soberanos.
Para o futuro, o estudo ressalta a importância da implementação do Plano Brasileiro de IA (PBIA), além do incentivo às colaborações internacionais e do desenvolvimento de políticas estratégicas. Ao alavancar sua expertise em áreas como saúde e gestão de recursos naturais, o Brasil pode se consolidar ainda mais como um líder global em inteligência artificial, impulsionando tanto a economia quanto o bem-estar social.
