Bits de Schrödinger: a revolução dos computadores quânticos ainda vai demorar 

Os computadores quânticos utilizam qubits, que operam em superposição, permitindo cálculos muito mais rápidos. No entanto, sua fragilidade técnica e a necessidade de ambientes extremamente controlados tornam sua adoção em larga escala um desafio que pode levar décadas. Grandes empresas seguem investindo na área, enquanto especialistas buscam soluções para os riscos à segurança digital que essa revolução trará.
21 de março, 2025
Foto:© Caroline Aranha / Getty Images / Montagem sobre reprodução

Os computadores tradicionais operam com bits, que assumem os valores 0 ou 1. Já os computadores quânticos utilizam qubits, que podem estar simultaneamente nos estados 0 e 1, graças ao fenômeno da superposição quântica. Isso possibilita uma capacidade de processamento extremamente superior à dos computadores convencionais. Além disso, o emaranhamento quântico permite que múltiplos qubits trabalhem juntos de forma sincronizada, acelerando a resolução de cálculos complexos. 

Apesar do enorme potencial, a computação quântica enfrenta obstáculos significativos. Para que os qubits funcionem corretamente, é necessário um ambiente extremamente controlado, com temperaturas próximas ao zero absoluto. Pequenas interferências externas podem causar a perda da coerência quântica, resultando em erros nos cálculos. Atualmente, grandes empresas como IBM, Google e Microsoft investem no desenvolvimento dessas máquinas, mas sua aplicação prática ainda é limitada. 

A revolução quântica promete impactos profundos, desde o desenvolvimento acelerado de medicamentos até a quebra de criptografias consideradas seguras hoje. No entanto, especialistas estimam que levará anos ou até décadas para que computadores quânticos sejam viáveis em larga escala. Enquanto isso, pesquisadores exploram alternativas, como a criptografia pós-quântica, para garantir a segurança digital no futuro.