Armazenamento digital entra na era da luz terahertz 

Pesquisadores do MIT usaram luz terahertz para manipular materiais antiferromagnéticos, revolucionando o armazenamento digital. A descoberta permite criar memórias mais robustas e eficientes, oferecendo maior resistência a interferências externas e economia de energia.
29 de janeiro, 2025
Foto: Techno-Science

A descoberta revolucionária de pesquisadores do MIT promete transformar o futuro do armazenamento digital. Utilizando luz terahertz1, a equipe conseguiu induzir um estado magnético duradouro em um material antiferromagnético, essencial para tecnologias de memória. Essa inovação pode levar a dispositivos mais resistentes a interferências externas e com maior eficiência energética. 

O método baseia-se na precisão de um laser terahertz para alinhar as vibrações dos átomos do material FePS3, criando um novo estado magnético. Diferentemente dos materiais ferromagnéticos, que são sensíveis a campos magnéticos externos, os antiferromagnéticos oferecem robustez, mas têm manipulação limitada. A luz terahertz supera essa barreira, permitindo controle sobre os spins atômicos e possibilitando avanços em memórias e processadores. 

Com aplicações potenciais na criação de chips de memória de alta densidade, a tecnologia garante maior durabilidade e menor consumo de energia. O estudo, publicado na revista Nature, não só estabelece um marco no uso de materiais quânticos, mas também abre portas para uma nova geração de dispositivos digitais mais avançados, estáveis e sustentáveis.

  1. A luz terahertz é uma banda de frequência do espectro eletromagnético situada entre as micro-ondas e a luz infravermelha. Também conhecida como raios T.  ↩︎