Carla Brayner
Em março, a Apple despachou um recorde de US$ 2 bilhões em iPhones da Índia para os Estados Unidos, em uma operação que envolveu a produção acelerada e o uso de voos de carga. A medida foi uma resposta às tarifas de importação impostas pelo governo Trump, que poderiam aumentar significativamente os custos para a empresa. A Foxconn e a Tata Electronics, principais fornecedoras da Apple na Índia, desempenharam papéis cruciais, exportando modelos como iPhone 13, 14, 15 e 16.
A Foxconn registrou exportações de US$ 1,31 bilhão em março, enquanto a Tata Electronics somou US$ 612 milhões, marcando um aumento expressivo em relação aos meses anteriores. Para agilizar o processo, a Apple negociou com autoridades indianas para reduzir o tempo de liberação alfandegária no aeroporto de Chennai, de 30 horas para apenas seis. A operação utilizou pelo menos seis cargueiros, com remessas destinadas a cidades como Los Angeles, Nova York e Chicago.
Embora Trump tenha concedido isenções temporárias para algumas tarifas, a incerteza sobre a duração dessas medidas mantém a Apple em alerta. A estratégia de exportação da empresa reflete a crescente importância da Índia em sua cadeia de suprimentos, além de demonstrar sua capacidade de adaptação frente a desafios comerciais globais.
