Denominada “Disney’s Magic Words“, esta ferramenta introduz uma nova forma de publicidade contextual para os serviços de streaming Disney+ e Hulu. Utiliza uma mistura de IA e aprendizagem automática para analisar e etiquetar cenas da sua biblioteca, identificando conteúdos, marcas, imagens e ambientes.
As marcas podem utilizar estas etiquetas descritivas, conhecidas como metadados, para identificar uma determinada cena ou ambiente e, em seguida, personalizar as mensagens em conformidade. “O que isto significa é ir além dos dados demográficos gerais e comprar audiências específicas”, comentou Geoffrey Calabrese, Diretor de Investimentos do Omnicom Media Group. “Estas palavras mágicas serão literalmente capazes de me ligar às emoções dos consumidores, ao nível da audiência. E, para nós, isso é verdadeiramente um fator de mudança.”
A Omnicom é uma das seis empresas globais de publicidade que participam num teste beta inicial deste produto publicitário, informou a Disney à Reuters. Os outros parceiros beta incluem a Dentsu, GroupM, Horizon Media, IPG Mediabrands e Publicis Media. A empresa revelou as novas funcionalidades de publicidade no mês passado, durante uma apresentação na Consumer Electronics Show, em Las Vegas.
O investimento da Disney na tecnologia de publicidade em streaming surge numa altura em que os anunciantes estão a afastar-se da televisão por cabo e da televisão aberta, juntamente com os telespectadores. A receita de publicidade da empresa caiu quase 3% no primeiro trimestre fiscal de 2024, de acordo com a LSEG, refletindo o declínio na audiência da TV tradicional.
Metade dos consumidores que subscrevem o Disney+ optam pela versão mais barata do serviço, que inclui publicidade, o Presidente da Disney Direct-to-Consumer Business. Este executive ainda referiu que a empresa passou anos a aperfeiçoar a tecnologia de publicidade especificamente concebida para o streaming. O seu serviço Hulu foi lançado em 2008 como um serviço gratuito e suportado por anúncios.